quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Psicografia

(do grego psuké, alma e grapho, eu escrevo) Transmissão do pensamento dos Espíritos por meio da escrita à mão de um médium. No médium escrevente a mão é o instrumento, mas a sua alma ou Espírito incarnado é o intermediário ou intérprete do Espírito estranho que se comunica.
Segundo a doutrina espírita, a psicografia seria uma das múltiplas possibilidades de expressão mediúnica existentes. Allan Kardec classificou-a como um tipo de manifestação inteligente, por consistir na comunicação discursiva escrita de uma suposta entidade sobrenatural ou espírito, por intermédio de um homem.
Segundo Kardec, o mecanismo de funcionamento da psicografia, pode ser consciente, semi-mecânico ou mecânico, dependendo do grau de consciência do médium durante o processo de escrita.
No 1º caso, o médium tem plena consciência daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das ideias contidas no texto. Tem a capacidade de influir nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.
No 2º, o médium pode estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de ideias, mas ser incapaz de influenciar o texto. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo.
Por fim no 3º caso, o médium pode escrever sem sequer se dar conta do que está a fazer, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com interlocutores sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta, esses médiuns permitem ao espírito agir directamente sobre a sua mão ou seu o braço, sem recorrer à mente.
Além da doutrina espírita, há várias correntes místicas e religiosas que admitem a possibilidade da ocorrência desse fenómeno, como a Umbanda e a Teosofia.
Entre os textos ditos psicografados encontram-se obras atribuídas a autores conhecidos — uns adeptos, em vida, de doutrinas compatíveis com esta prática, como Allan Kardec ou Arthur Conan Doyle, outros nem tanto, como Camilo Castelo Branco ou Albert Einstein.

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