domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mandalas

Mandala, palavra sânscrita que significa essência, circulo ou circunferência, totalidade. É um símbolo espiritual e sagrado de busca de plenitude, auxiliar à meditação e harmonia, é a representação icónica dos princípios base da geometria sagrada, sendo esta a forma ordenada da criação.
Mandalas são centros de energia que permitem equilibrar, purificar e transmutar o mundo externo e interno, ou seja, são eficazes no desenvolvimento espiritual, pessoal, promovendo a cura, a harmonização de pessoas e ambientes.
É geralmente descrita como uma figura geométrica representada por um círculo sobre um quadrado ou vice-versa, mas pode ser também construída ou desenhada em forma de um círculo, um quadrado ou um rectângulo, subdividido por quatro ou múltiplos de quatro, de maneira mais ou menos regular, incluindo-se ou não outras formas. A sua característica mais importante é o seu traçado feito em torno de um centro, geralmente obedecendo a eixos de simetria e pontos cardeais. O seu contorno exterior não é forçosamente circular, mas dá a ideia de irradiar-se de um centro ou mover-se em direção a ele. Por isto, quando uma pessoa observa uma mandala tem a sensação de que ela se move e pulsa.
Os monges budistas desenhavam mandalas de areia, que depois eram oferecidas a divindades ou pintavam mandalas na seda, as famosas Thankas tibetanas, onde a figura central é quase sempre um dos Budas, representando passagens de suas vidas ou o caminho do discípulo para alcançar sua realização, como a Mandala dos Quatro Budas, a da Roda do Sansara e a Mandala Kalachakra.
Na área da terapia, foi Jung quem trouxe as mandalas para os consultórios. Pintou a sua primeira mandala em 1916, os seus primeiros desenhos eram somente desenhos circulares e sem significado, até ter observado que existia um padrão nas suas mandalas. Hoje em dia a mandala é usada na psicologia junguiana e transpessoal e por terapeutas que trabalham com desenvolvimento pessoal.
Qualquer pessoa pode trabalhar com mandalas, tanto com a ajuda de um terapeuta, como sozinho. Se optar por trabalhar sozinho, pode colorir mandalas ou desenhar mandalas pessoais, geométricas ou mistas, e ainda meditar com uma mandala que lhe seja atraente. Jung diz que “a mandala possui uma eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se já existe e restabelecê-la, se desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora”. Trabalhar com mandalas promove relaxamento psicofísico pela postura ao desenhar, pela contemplação, e pela meditação que o próprio fazer proporciona. Desenvolve o centramento, a atenção, concentração, percepção e a intuição.
Energeticamente as mandalas activam e irradiam, podendo harmonizar ambientes físicos ou pessoas que estejam carregados negativamente ou com uma aura de sofrimento e tristeza, por isso podem ser usadas na decoração de ambientes, na arquitetura, ou como instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual. Também podemos utilizar uma mandala para a cura de ambientes, como o familiar e o de trabalho, ou para preparar um espaço especial, onde se irá meditar ou fazer sessões de massagens, Reiki...
Mandala Tibetana


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