![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBl6sRsOZ3SeDL9PYlw5NRqoNuJWgdpDKH7D2Y6UcwYU49NOhXYARLF7fUJeaDDR_ua2yjgBVP-J6BEH7Ba5bia-rc60vMBikTschNLus-CMPachd24t5SypydGBKSeX_hvLS0NlJfd_hX/s320/lotus+branca.jpg)
"Nalini" é um nome indiano que literalmente traduz a "flor de lótus" do sânscrito. A flor de lótus tem um significado especial no hinduismo pois simboliza a pureza e beleza, além de ser uma flor que brota das águas lamacentas. Tudo isso representa que a beleza pode emergir nas mais difíceis e obscuras circustâncias. Pode-se encontrar também uma tradução de Nalini para "gayatri", que significa "Mãe dos Vedas". Os vedas representam as antigas escrituras hindu. Outra tradução ainda é "Mãe do Conhecimento".
A lenda budista conta-nos que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um acto de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de pétalas corresponde às suas funções.
O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo as suas flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma).
Apesar das suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, a sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana.
Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia voltar-se em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia erguer-se da escuridão do Samsara.
A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto existirem condições adequadas para vida orgânica e consciente.
Sem comentários:
Enviar um comentário